Gripe aviária acende alerta para produção de frango e ovos e traz risco de alta ao consumidor

Casos da doença em plantas de abate e granjas pressionam o setor de proteína animal e podem refletir em preços no Brasil e no exterior.

Produção de frango | Foto: Vecteezy

A gripe aviária voltou ao centro das preocupações do agronegócio com o registro de novos focos em países produtores e impactos diretos sobre cadeias de frango e ovos. Relatos recentes indicam abates sanitários, interdições temporárias de unidades e retração da oferta em alguns mercados, o que já provoca oscilações em contratos futuros e no preço spot de proteína animal.

Para o Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, a situação tem duas faces. De um lado, o avanço da doença em concorrentes pode abrir espaço para ganhos de mercado, desde que o país mantenha o status sanitário preservado. De outro, qualquer registro relevante em território nacional teria efeito imediato sobre as vendas externas e poderia gerar embargo de parceiros comerciais, com forte impacto em toda a cadeia produtiva – da granja à indústria de ração.

Produtores e entidades setoriais reforçam a necessidade de vigilância rigorosa, controle de acesso às granjas, rastreabilidade e protocolos de biossegurança. O Ministério da Agricultura é pressionado a garantir estrutura suficiente para monitorar aves migratórias, fiscalizar unidades de produção e comunicar rapidamente eventuais focos. Em um cenário de consumo interno ainda pressionado pela renda, um choque de oferta poderia chegar ao bolso do consumidor na forma de aumento de preços de carne de frango e ovos.

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