A Austrália viveu seu mais grave ataque terrorista em décadas. Dois homens armados abriram fogo durante uma celebração de Hanukkah em Bondi Beach, em Sydney, matando ao menos 16 pessoas – entre elas uma criança – e ferindo mais de 40, segundo autoridades locais. Um dos atiradores foi morto no local; o outro foi baleado, preso e permanece sob custódia. O alvo, segundo a polícia, era a comunidade judaica reunida no evento.
O ataque, classificado pelo governo como terrorista e motivado por antissemitismo, abalou um país que desde o massacre de Port Arthur, em 1996, vinha sendo citado como exemplo de controle de armas e redução de violência armada. Investigações apontam que os suspeitos – pai e filho – tinham acesso legal a armas e já haviam sido monitorados por serviços de inteligência por possível ligação com extremismo.
Líderes de diversos países condenaram o atentado, ressaltando que o antissemitismo tem se intensificado no contexto das tensões no Oriente Médio. O governo australiano prometeu revisar a legislação de armas e reforçar a proteção a templos e eventos de comunidades vulneráveis. Para analistas, o episódio será um divisor de águas na política de segurança e de convivência religiosa na Austrália, com impacto também em debates internacionais sobre discurso de ódio e terrorismo doméstico.
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