Operação Ephedra: Justiça goiana mantém condenações por tráfico e organização criminosa

TJGO confirma penas de réus envolvidos em esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro desarticulado em Goiás.

Operação Ephedra | Foto: MPGO

A chamada Operação Ephedra, conduzida em parceria entre forças policiais e o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), voltou ao noticiário jurídico com a manutenção, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), de condenações por tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os réus integravam uma estrutura voltada ao transporte de grandes carregamentos de entorpecentes, inclusive por meio de aeronaves, utilizando empresas de fachada e laranjas para ocultar a origem ilícita dos recursos.

Nas decisões, desembargadores ressaltaram a complexidade da organização, a transnacionalidade das operações e o alto poder econômico do grupo, fatores considerados para fixação de penas mais elevadas e para a manutenção de medidas de apreensão de bens. A análise das provas indicou que a atuação criminosa se estendia por diferentes estados e se valia de uma rede sofisticada de logística e lavagem.

O caso é citado por integrantes do sistema de justiça como exemplo de investigação estrutural bem-sucedida, que combina cooperação interinstitucional, uso de ferramentas de rastreamento financeiro e medidas cautelares patrimoniais. Ao mesmo tempo, reacende o debate sobre a necessidade de aprimorar a política de drogas para reduzir a circulação de grandes organizações criminosas e evitar que a repressão recaia majoritariamente sobre elos mais frágeis da cadeia.

A ação penal, movida pelo Ministério Público estadual (MPGO), teve como alvos principais os réus Wanderson Alcides Soares de Morais, que recebeu pena de 23 anos de reclusão; Anderson Alves da Silva, condenado a 18 anos e 11 meses de reclusão; Adenilton Pereira Montel, com pena de 10 anos e 11 meses de reclusão; além de Gabriel Dias Martins e Wanderson Marques da Silva, sentenciados a 9 anos e 5 meses de reclusão. Eles foram acusados por diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, associação para o tráfico e integração em organização criminosa, com base nas Leis nº 11.343/2006 e nº 12.850/2013.

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